Nos dias 10 e 11 de março, a Rewilding Portugal juntou os parceiros da sua rede de turismo de natureza e turismo sustentável, Rede Côa Selvagem, numa “fun trip” que serviu para se criarem mais laços entre os parceiros, permitindo a estes desenvolver parcerias e ofertas turísticas concertadas. Uma rede que opera no Grande Vale do Côa, neste que é o lado mais selvagem de Portugal.
Um trabalho de fundo e com raízes sólidas
Esta rede de empresas, do setor do turismo, baseadas na natureza, promovida pela Rewilding Portugal, surgiu em janeiro de 2021, sendo um projeto que se vem a sedimentar e desenvolver desde então. Uma nova forma de explorar e descobrir o que o Grande Vale do Côa tem para oferecer e que une vários negócios da região numa visão comum de um futuro mais selvagem e sustentável. Esta rede, embora ainda em fase de concretização, tem trazido muitas mais valias à região e à valorização do seu património riquíssimo, tanto histórico/cultural como natural.
A Rede Côa Selvagem tem vindo a desenvolver diversas campanhas conjuntas de publicidade e ativação digital, tem já recebido diversos visitantes e turistas de todos os cantos do mundo que querem conhecer este lado selvagem do nosso país, aproveitando a facilidade de conjugação de serviços de diversos membros da Rede Côa Selvagem, que permitem uma experiência completa e única, desenhada especificamente ao gosto de cada um. Vários influencers têm também vindo até à região, para dar a conhecer toda a oferta existente na rede e transmitir a beleza natural de toda a paisagem do Grande Vale do Côa, desde a sua nascente na Serra da Malcata, até à sua foz que desagua no rio Douro.
Encontro de pessoas e ideias
Dia 10 e 11 de março ficaram então marcados como os dias do primeiro encontro presencial dos membros da Rede Côa Selvagem. No dia de arranque, os membros puderam apresentar-se e conhecer mais em pormenor a oferta de cada um para poderem entender de que forma podem colaborar e criar programas em conjunto. Foi ainda um dia com oportunidade de conhecerem Vilar Maior, uma aldeia com um enorme património histórico e cultural da região, onde se localiza a área de rewilding do Vale Carapito, que também foi visitada com a equipa da Rewilding Portugal. A visita à vila incluiu os principais monumentos e símbolos, e também o Museu de Vilar Maior, numa visita conduzida pelo presidente da respetiva união de freguesias, António Cunha.
Este dia permitiu ainda aos membros da rede terem um contacto mais direto e de experimentação com a oferta de dois membros da rede que são alojamento e servem também refeições, as Casas Villar Mayor (Vilar Maior) e o Hotel Cró Termal & SPA (Rapoula do Côa), onde foram realizadas as refeições do primeiro dia.
Já o segundo e último dia serviu para reunir os membros da rede no Centro Rewilding em Vale de Madeira, para discutir posicionamentos e estratégias conjuntas para o futuro e ver o papel que a Rewilding Portugal e as suas áreas naturais de rewilding podem ter nesta oferta para visitação da região. O dia serviu ainda para marcar a inauguração da exposição do artista local de Vale de Madeira, Luís Guerra, que produz diversas peças em cortiça. A exposição ficará agora aberta à comunidade no Centro Rewilding até ao final de abril.
Realizou-se ainda uma visita a outra propriedade da Rewilding Portugal nesta zona de Pinhel, o Ermo das Águias e, o almoço foi providenciado por outro membro da rede, a Taberna do Juiz , restaurante das Casas do Juízo, localizadas também em Pinhel, mas na aldeia do Juízo. O momento de confraternização antes de almoço serviu ainda para Mariana Beja apresentar os produtos regionais de cosmética e alimentação naturais das suas marcas, Matreira e Flor Alta, ambas membros da rede também.
Para terminar, o dia terminou com uma visita guiada ao Solar de São João, em Almeida, um solar que pode ser visitado pelo público de forma encenada e muito completa e que o transporta para tempos passados na região, que tinha um papel determinante nos destinos do país, a nível militar. Este solar e respetivas acomodações, que tem disponíveis é também membro da Rede Côa Selvagem.
Sobre o nosso projeto
O projeto Promover a Renaturalização do Grande Vale do Côa é financiado pelo Endangered Landscapes Programme, que é gerido pela Cambridge Conservation Initiative e financiado pela Arcadia, um fundo de caridade de Peter Baldwin e Lisbet Rausing.
Este projeto é realizado em parceria pela Rewilding Portugal, Rewilding Europe, ATNatureza, Universidade de Aveiro e Zoo Logical.