Ao longo do período de um ano, o Grande Vale do Côa e as suas áreas rewilding têm estado a receber uma residência artística, que se trata nada mais nada menos de uma viagem que percorre todo o Vale do Côa, e na qual o objetivo será, no fim de todo o processo de recolha e criativo desenvolver um “poema vídeo-sónico impressionista”, explica-nos a dupla de artistas Antony Lyons e Bárbara Carvalho, que venceu o concurso promovido pelo Endangered Landscapes Programme.
Ao longo do período de um ano, o Grande Vale do Côa e as suas áreas rewilding têm estado a receber uma residência artística, que se trata nada mais nada menos de uma viagem que percorre todo o Vale do Côa, e na qual o objetivo será, no fim de todo o processo de recolha e criativo desenvolver um “poema vídeo-sónico impressionista”, explica-nos a dupla de artistas Antony Lyons e Bárbara Carvalho, que venceu o concurso promovido pelo Endangered Landscapes Programme que desafiava artistas a pensarem em propostas artísticas para várias das paisagens protegidas por este programa de financiamento, que espelhassem exatamente esse trabalho de conservação que vem sendo desenvolvido no terreno de uma forma artística e expressiva.
Aqui, a obra em causa “entrelaçará imagens, paisagens sonoras, vozes e uma sonorização de dados de água”, sendo um trabalho “estruturado por fios atemporais e efémeros, um mapa criativo e subjetivo de um lugar singular em constante adaptação e transformação, um vale em transição” referem ainda. A mesma será depois exibida como peça fílmica e também através de uma instalação imersiva. A Rewilding Portugal tem sido a organização anfitriã desta residência artística enquanto responsável no terreno por grande parte das ações de rewilding a serem desenvolvidas neste momento na paisagem, um trabalho de restauro ecológico que levou esta dupla de artistas a terem no seu projeto e processo criativo a refletirem sobre “selvagem, recuperação, liberdade, sustento, santuário e coexistência”, tudo isto ao longo das quatro estações do ano, que moldam e modificam os diversos fluxos, ritmos, atmosferas e enredos deste vale.
Uma verdadeira odisseia geopoética a ganhar vida no Grande Vale do Côa, na qual os artistas privilegiaram e muito a ligação da paisagem aos cursos de água existentes, numa abordagem intuitiva e constantemente exploratória, em que se cruzam perspetivas mais macroscópicas a outros detalhes microscópicos, que permitem dar ao trabalho impressões que não estão documentadas de cada local porque passam. Um trabalho que vai ainda trazer uma nova experiência artística, através de canto experimental, no qual serão transmitidas as histórias dos fluxos de água da região, desde as chuvas na Serra da Estrela ao confluir do rio Douro.
Saiba mais através do website deste projeto artístico ou através do website do Endangered Landscapes Programme.
O projeto Promover a Renaturalização do Grande Vale do Côa é financiado pelo Endangered Landscapes Programme, que é gerido pela Cambridge Conservation Initiative e financiado pela Arcadia, um fundo de caridade de Peter Baldwin e Lisbet Rausing. A Rewilding Portugal conta neste projeto com os seus parceiros: Rewilding Europe, ATNatureza, Universidade de Aveiro e Zoo Logical.