Tempos emocionantes para o movimento de rewilding no Oeste Ibérico, com uma nova iniciativa de cinco anos que combina dois projetos complementares – “LIFEWolFlux” e “Renaturalização do Grande Vale do Côa” – que começaram no início deste ano.
Um encontro inaugural de dois dias teve lugar na Guarda, em Portugal, onde membros da Rewilding Europe, ATNatureza, ZooLogical e Universidade de Aveiro se reuniram para discutir a estratégia e ações unificadas para reforçar o movimento de rewilding na zona do Oeste Ibérico.
Uma nova iniciativa de cinco anos combina dois projetos complementares – “LIFEWolFlux” e “Promover a renaturalização do Grande Vale do Côa” – começando no início deste ano. O objetivo do projeto LIFE WolFlux é aumentar a conectividade da população de lobo ibérico a sul do Rio Douro, enquanto que o segundo projeto último é financiado pelo Endangered Landscapes Program (ELP) e vai reforçar um corredor de vida selvagem de 120.000 hectares (1.200 quilómetros quadrados) no Grande Vale do Côa.
Na linha da frente do rewilding
Nos dias 26 e 27 de março, membros de ambas as equipas de projeto (da Rewilding Europe, ATNatureza, Zoo Logical e Universidade de Aveiro) reuniram-se na sede da recentemente estabelecida associação Rewilding Portugal na cidade da Guarda, localizada no Grande Vale do Côa. A reunião durou dois dias em que os parceiros foram treinados em alguns aspetos de gestão dos projetos e reviram as ações para o ano, concordando nas medidas a serem tomadas nos meses seguintes e no plano de atividades para o primeiro ano.
“O encontro foi inspirador e produtivo”, afirma Pedro Prata, Líder de Equipa de Rewilding Portugal. “As nossas conquistas durante estes dois dias demonstram como todos os parceiros estão empenhados em tornar o Grande Vale do Côa uma área importante de rewilding, tanto no Oeste Ibérico como em toda a Europa.”
Trabalhando com as partes interessadas locais
O objetivo do projecto LIFE WolFlux – financiado pela Comissão Europeia e coordenado pela Rewilding Portugal – é garantir a viabilidade da população de lobo ibérico a sul do Rio Douro, e promover a coexistência entre pessoas e lobos ibéricos, trabalhando com as partes interessadas locais. Os parceiros do projeto cooperarão para identificar as principais ameaças à população local do lobo para garantir sua viabilidade e reduzir o conflito entre humanos e lobos, sempre que possível.
Durante a reunião na Guarda foram planeadas várias ações, incluindo a criação e funcionamento de um sistema de monitorização, o reforço de corços para aumentar a disponibilidade de presas selvagens e a garantia de medidas eficazes de prevenção de prejuízos para reduzir a predação de lobos em gado.