Filmado pelo renomeado realizador português João Cosme, “Côa Mais Selvagem” é um documentário visualmente deslumbrante que retrata a natureza e o rewilding no Grande Vale do Côa, em Portugal. Uma estreia recente em Lisboa atraiu uma audiência de mais de 200 convidados, ajudando a equipa da Rewilding Portugal a dar visibilidade à paisagem e aos seus esforços contínuos.
Capturar corações e mentes
No mundo do rewilding e não só, a arte de contar histórias desempenha um papel fundamental para cativar o público e inspirar acções positivas. Os documentários, em particular, surgiram como um meio poderoso que transcende o simples entretenimento – moldando perspectivas, acendendo discussões e promovendo mudanças sociais. Um novo documentário, visualmente deslumbrante, sobre o rewilding no Grande Vale do Côa, em Portugal, ajudou a equipa da Rewilding Portugal a criar envolvimento e a aumentar o apoio ao rewilding, tanto a nível nacional como internacional.
“Côa Mais Selvagem”, que foi filmado pelo renomado realizador português de vida selvagem João Cosme, estreou no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, no dia 22 de novembro. O evento teve lotação esgotada, atraindo um público de 215 pessoas. Numa segunda exibição, no dia seguinte, o documentário foi visto por mais 180 pessoas. A estreia foi também transmitida em direto no YouTube, atraindo mais de 1000 espectadores, muitos dos quais de fora de Portugal. O documentário foi narrado por Ana Varela, uma reconhecida atriz portuguesa.
Estabelecer ligações significativas
O público na estreia era composto por pessoas com uma ampla variedade de proveniências – desde políticos e representantes de organizações públicas, até membros de ONGs e doadores e apoiantes da Rewilding Portugal. O evento arrancou com um jantar, onde os convidados desfrutaram de uma grande variedade de produtos dos membros da Rede Côa Selvagem – uma rede de negócios baseada na natureza lançada pela Rewilding Portugal em 2021.
“Embora muitos dos membros da audiência fossem seguidores da Rewilding Portugal nas redes sociais, a maioria nunca tinha visitado o Grande Vale do Côa”, diz Fernando Teixeira, Diretor de Comunicação e Enterprise da Rewilding Portugal. “A estreia foi o seu primeiro contacto direto com a Rewilding Portugal, o que é provavelmente uma das razões pelas quais o evento esgotou tão rapidamente. Os produtos da Rede Côa Selvagem funcionaram como grandes embaixadores gastronómicos, regionais e culturais.”
Discussão em mesa-redonda
Após o jantar e o discurso introdutório do Diretor Executivo da Rewilding Portugal, Pedro Prata, os participantes assistiram ao documentário. Seguiu-se uma mesa redonda, com um painel composto por Pedro Prata, João Cosme, Pedro Rocha, Administrador Executivo da Herdade da Contenda, e João Soutinho, Presidente e Co-fundador da VERDE, uma ONG portuguesa com a qual a Rewilding Portugal tem ligações cada vez mais estreitas. Discutiram vários tópicos, incluindo a evolução do rewilding no Grande Vale do Côa nos últimos cinco anos e a visão do rewilding para a paisagem, bem como a forma como os grandes proprietários de terras podem apoiar o rewilding, como deixar carcaças de gado no campo pode apoiar necrófagos como os abutres, e o papel do cinema documental na sensibilização e apoio à conservação.
“Os documentários podem realmente ajudar a promover o nosso património natural em Portugal”, disse João Cosme durante o debate. “Há muita cobertura da vida selvagem e da conservação nas redes sociais, mas se documentários como este forem transmitidos na televisão, o conteúdo e as mensagens que contêm chegarão a um público mais vasto. É muito importante dar a conhecer ao maior número possível de portugueses as espécies fantásticas que temos no nosso país. A maioria das pessoas nem sequer sabe que temos abutres!”
Feedback positivo
O feedback das pessoas que assistiram à estreia e à projeção posterior foi extremamente positivo.
“Achei o documentário fascinante”, diz Andreia Santos, que trabalha no Turismo de Portugal. “Destacou realmente a incrível diversidade de animais no Grande Vale do Côa. Foi muito inspirador ver e aprender sobre o papel essencial de cada espécie, e como o rewilding está a ajudar a proteger e a melhorar a natureza selvagem da paisagem.”
“Adorei esta produção”, diz Maria Brás, apoiante e patron da Rewilding Portugal. “Nem sequer reconhecia a paisagem como portuguesa. Fiquei emocionada por ver este trabalho de rewilding a ser realizado no meu país e estou ainda mais feliz por ter decidido apoiá-lo financeiramente através do Patreon.”
A Rewilding Portugal recolheu feedback de quase 50 participantes da estreia após o evento. A grande maioria sentiu que o documentário os ajudou a entender melhor o rewilding e os esforços de rewilding que estão a ser realizados pela Rewilding Portugal, enquanto quase três quartos disseram que funcionou como um apelo à ação – para seguir e contribuir financeiramente para o trabalho da Rewilding Portugal, e para visitar o Grande Vale do Côa e as áreas de rewilding.
Apoio fundamental
O documentário Côa Mais Selvagem foi financiado pela Rewilding Europe e pela Rewilding Portugal, com o apoio adicional da iniciativa LIFE WolFlux.